sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mãe 'muda sexo' de filha para evitar que seja vítima de crime sexual em Senador Canedo (GO)

Registrada como menino, uma garota viveu durante dois anos com o nome Samuel em Senador Canedo (região metropolitana de Goiânia). A alteração do sexo da criança na certidão de nascimento aconteceu a partir de uma fraude de documentos feita pela mãe, identificada apenas como Natasha, logo após o nascimento. A mulher justificou seu ato dizendo que não queria que a filha fosse vítima de abusos sexuais. Assim que recebeu a certidão de nascido vivo emitida pela maternidade municipal Aristina Cândida, ela rasurou, de forma grosseira, a indicação do sexo para masculino. Apesar da manipulação no documento, o cartório da cidade fez o registro da criança como menino e com o nome Samuel. O comportamento da mãe em relação à criança levantou suspeitas na família. Ela não permitia proximidade com a criança e nunca deixava que Samuel tomasse banho ou trocasse de roupa com alguém que não fosse ela própria, a mãe. E o cabelo do “menino” estava sempre curto. A conselheira tutelar de Senador Canedo, Daniela Cristina, informou que uma tia de Samuel aproveitou a distração da mãe numa festa de família, resolver conferir e comprovou que a criança era do sexo feminino. Logo em seguida, o caso foi denunciado, de forma anônima, ao Conselho Tutelar. Uma avaliação médica comprovou que Samuel era na verdade uma menina. Após a confirmação da fraude, a mãe disse ao conselho que foi vítima de abuso sexual na infância e que mudou o sexo da filha para evitar que ela fosse alvo de crimes similares. O caso está sendo apurado pela 3ª Promotoria de Senador Canedo e corre em segredo de Justiça. Samuel virou Cristina Rebatizada extraoficialmente de Cristina, a criança agora está com uma família acolhedora. A mãe não foi presa. Até a descoberta da fraude, a criança não tinha registro paterno. Com a investigação, o promotor de Justiça Marcelo Faria da Costa Lima solicitou exame de DNA para confirmar a paternidade da menina. Segundo ele, o exame indicou que o pai é o homem apontado por Natasha. Nesta sexta-feira (30), o promotor solicitou ao laboratório o exame sobre a maternidade. “Trata-se de um pedido cautelar porque não temos documentação da maternidade que a confirme como mãe da criança.” Segundo ele, a previsão é de que resultado saia ainda na próxima semana. Com os exames concluídos, a promotoria terminará a investigação, e novas providências, como a retificação do registro, deverão ser tomadas. O promotor afirma que se as teses foram comprovadas, e a mãe da criança deverá ser investigada e processada criminalmente.

Fonte: Site Bol

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