BRASÍLIA – A indicação e a divulgação do uso de hormônios e outras substâncias com o objetivo de prevenir ou reverter o envelhecimento passa a ser prática vedada a médicos. É o que determina uma resolução do Conselho Federal de Medicina, que já havia sido publicada como recomendação em agosto, após denúncia do abuso das substâncias feita pelo Fantástico. Agora, a determinação tem força de lei para os médicos. Segundo a resolução, a reposição hormonal só pode ser feita quando houver déficit comprovado da substância e nos casos de o benefício dessa reposição ser cientificamente provado ou de haver nexo causal entre a doença e a falta do hormônio. Fica proibido indicar doses extras de hormônios a pacientes com níveis normais.
O texto também proíbe a prescrição de vitaminas, antioxidantes e dos chamados hormônios bioidênticos (com estrutura igual à do hormônio natural) com o apelo do antienvelhecimento. “O conselho entende que não há evidência científica que respalde essas terapias. Não se pode vender uma ilusão”, afirma Gerson Zafalon, relator da resolução. Uma prática atual – agora condenada – é a de aumentar o nível hormonal para além do considerado normal com o objetivo de aumentar a massa muscular. A sobrecarga no corpo pode desencadear problemas como diabetes, hipertensão, distúrbios do sono e câncer. A norma, que deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União, tem validade imediata.
Fonte: Jornal do Commercio
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe
Por Sérgio Ramos/Repórter – 22/10/2012
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